domingo, 18 de outubro de 2009


No dia 04 de setembro de 2009 realizei no Ilè Asé Omi Òrìsà a qual sou dirigente, um Sìrè em homenagem ao Babá Òsàlà Dakun.


Salve meu povo de Exu!!!!

Meus respeitos Compadre Tiriri.

sábado, 13 de junho de 2009


Estes é uns dos muitos itans da mitologia yoruba:
O firmamento com Yewá
A Orixá Iewá a noite é o firmamento é onde faz vibrar a sua beleza, brindando com ela toda a face da terra. É o céu cheio de estrelas, que serve de moldura a lua brilhante como a prata polida.
Iewá é o encanto das noites enluaradas que embriaga os homens e os torna românticos a musa dos poetas e dos apaixonados.
O Orixá Omolu é o portador da peste e, em decorrência da deformidade que lhe impôs a doença, anda sempre em curvado e com o rosto voltado para o chão. Motivo a isso jamais Ter visto o firmamento com toda beleza exposta nela.
Certa noite, depois de haver chovido copiosamente, Iansã a pedido de Iewá ordenou que o vento afastasse bem longe as nuvens, e desta forma expôs aos homens, para alegrá-los, todo o seu encanto.
Muitas poças d`água se haviam formado pelos caminhos e naquele momento houve que Omulu, que se dirigia a Tapá (seu reino) viu os encantos de Yewá refletidos numa delas, o que o deixou deslumbrado. Jamais tinha visto o firmamento e, aquela visão, embora fosse apenas o reflexo do céu em uma poça d`água o tinha deixado extasiado, ficou lá parado por várias horas, admirando-a e Iewá que ficou muito envaidecida com aquela ação, concentrou-se mais naquele pequeno charco. Quando de repente Omolu lembrou-se que precisava seguir viagem. Tinha compromisso em Tapá e não podia se atrasar e tomou como resolução apanhar um punhado de terra e cobrir a poça na tentativa de prender Yewá até sua volta, para poder ver de novo aquela visão que o enfeitiçara. E por causalidade do destino Yewá por pura vaidade havia se concentrado inteiramente naquela poça d`água ficando ali presa. Por horas gritou por socorro, foi no dia seguinte que passou por ali ouvindo seus apelos Oxóssi, o Caçador, que retirou a terra da poça libertando Yewá daquela pejorativa sepultura. Razão disso por reconhecimento Yewá carrega sempre a tiracolo um ofá dourado.

terça-feira, 5 de maio de 2009


Em homenagem ao aniversário dos 25 anos de Iyá Oxum Docô.


Com a gestação nasceu Oxum
Ao senhor tão nobre, entidade magnânima.
A nós concedeu a criação.
E em tudo está presente.
E numa tela se emoldurou e nela se pintou
Em todas as cores que se refletiu, uma pequena porção se formou.

Um tom amarelo emergiu e uma entidade de nome Oxum surgiu
Ao mundo uma gestação foi apresentada
E com ela as fortunas, os perfumes.
A qual Oxum se presenteou e com isso se encantou
O ofuscamento dessa divindade não só reluz como brilha.
Seus adornos são partes de si, energia que traz alegria.
Oxum, genitora, formosura plena em demasia.

Eduardo de Òsàlá (omorixá de Pedro de Oxum Docô)

domingo, 12 de abril de 2009








Apelo de uma alma humana.

O mundo hoje anda em total degradação em aspectos variados, guerras insensatas, desmatamento de florestas, poluições desenfreadas e outras conjunturas que desalinham totalmente o sistema natural da vida e do universo.
A vida coletiva está em total desarmonia com o planeta, destruindo aquilo que sempre a sustentou desde os primórdios dos tempos, o seu anima a sua energia vital. Atualmente, objetivos comuns entre nós seres humanos é a disputa do querer, do saber e adquirir. Sem se importar com as conseqüências benéficas ou não a quem quer que atinja.
Avançando sobre terras, desbravando espaços, querendo brincar de Deus inventando doenças, trapaceando a morte.
Em épocas atras, nossos ancestrais mencionavam que tudo era harmonia e tudo interagia com o divino, não havia discórdia, disputas, intrigas e o desprezo pela natureza, enfim existia a verdadeira essência da alma humana ligada ao mundo e ao cosmos.
Onde se perdeu essa sincronização com Olorum e o universo, o que através dos tempos trouxe tanta ganância no coração dos homens, tantas guerras, tantos crimes hediondos, tanto consumo de drogas e a demasia absorção do dinheiro.
Estamos engolfados num oceano que cresce sem limites a escuridão, onde se perde a fé em algo que um dia foi imutável, inatingível e propulsor de algo tão glorioso que é a vida o nosso divino o nosso Olorum.
Olhamos para o lado para o “irmão”, para frente nossos “filhos”, para detrás nossos “antepassados” e que seja necessário rezar, idolatrar e lembrar a todos que a vida sempre esteve ligada a Olorum e ao Orum , pois, dele recebemos o sopro da existência o “emi” e a ele devemos benevolência.
Cultuá-lo em qualquer religião não é obrigação e sim uma arte divina e o mundo e aqueles que o habitam precisam disso.


Eduardo de Òsàlá
Babalorisá - Ilè Asé Omi Òrìsá
vice coordenador - Egbe RS

sábado, 7 de março de 2009

Os Ritos de Bori
Respectivamente uma “Obrigação” é um vínculo de energia a um terreiro que cultue santos de origem de religiões de matriz africana, é um cordão umbilical espiritual, pois o axé permanece independente da pessoa afastada ou não.
Nas religiões de matriz africana, há sempre uma explicação teológica, um fundamento para os ritos a serem difundidos, mesmo sendo o ato ritualístico mais irrisório. A herança filosófica deixada pelos antigos ancestrais africanos pouco é usada nos terreiros, mais aqueles que a usam tem em mãos uma infinidade enorme de axé proporcionado principalmente pela individualidade de cada ser. Sendo que os termos, os provérbios, os itans todo esse conjunto de cultura ontológica africana realçam situações que simbolizam nosso cotidiano, e muitos servem como respostas para a vida intensa em que vivemos.
Hoje há milhares de adeptos e simpatizantes que procuram um terreiro para um conforto espiritual, um local de repouso da aura, algo em se aportar e obter respostas do desconhecido. A primeira ação para aqueles que querem se veicular a uma casa de Orixá em questão de axé, com maior comprometimento após a lavação de “Ori” (cabeça) é o rito de “Bori”.
Bori – ato de dar comida ao “Ori".
“ Ori “é a denominação dada a “cabeça” física. Na maioria das esculturas africanas, tradicionais a cabeça é a parte mais proeminente porque, na vida real, é a parte mais vital do corpo humano, ela contém o cérebro, a morada da sabedoria e da razão. Os olhos, a luz que ilumina os passos do homem pelos labirintos da vida. Os ouvidos com os quais, o homem escuta e reage aos sons. A boca com o qual ele come e mantém o corpo e a alma juntos.
“ Ori “ é todo o axé que uma pessoa tem , e sua sede é na cabeça, é ela que realmente vem em primeiro em lugar ao mundo e abre caminho para trazer o resto do corpo, além também de ser a consciência dos principais sentidos físicos.
Particularmente os Iorubas tem como crença que ao nascer, cada ser humano escolhe sua cabeça, seu “Ori”, ao modo que seu destino, assim como sua sorte e inúmeras de suas caracteristícas pessoais dependem da individualidade de cada um.
As tradições revelam que, após a modelagem de cada futura pessoa por Orixalá, é convocado “Ajalá” um antigo orixá que tem como tarefa fornecer o “Ori,” cada ancestral divinizado cede as substâncias necessárias para aperfeiçoar a forma das cabeças. Essas substâncias são denominadas “Oke iponri”, que passam a acompanhar a pessoa todo o tempo de sua existência e merecedoras de respeito e culto. Mas “Ajalá”, mesmo sendo um orixá, tem suas deficiências é esquecido e descuidado, e nem sempre as cabeças que ele faz, saem boas. O resultado é que a maioria das pessoas que escolhem por si mesma as cabeças sem recorrerem a “ Ajalá”, acabam escolhendo cabeças ruins e imprestáveis.
A interpretação para este fato “itan” refere-se ao produto final que é o homem, que terá uma tarefa árdua e bem complicada para enfrentar quando chegar a terra. Em razão disto “Olodumaré”, ordena sempre a “Orunmilá” para ensinar aos seres humanos a estabelecer o ponto de equilíbrio necessário em suas cabeças.
Assim nascerem os ritos de “bori”, sempre determinados por “Orunmilá”, através dos sistemas divinatórios, sendo que um homem com uma cabeça bem feita será bem sucedido em todas as diligências da vida.
No jogo de búzios é determinado o Orixá dono de seu “Ori” e os ritos iniciáticos a serem precedidos para elaboração do fundamento denominado “Bori”.
O “Ori” é o elemento mais importante de cada personalidade individual, tal conceito é básico para o entendimento da filosofia de vida, pois ajuda a explicar acontecimentos que de outra maneira se mostram incompreensíveis como a morte súbita, o sofrimento e a boa sorte do homem, retirando em grande parte dos seres humanos a responsabilidade pelo seu fracasso ou sucesso, libertando-os de qualquer sentimento de culpa e desânimo.
Torna-se importante para essas pessoas consultarem os oráculos de Ifá de tempos em tempos a fim de acompanhar o verdadeiro caminho de seu destino.

Eduardo de Òsàlá



fontes:"Òrun Aiyé" - José Beniste.
"Iemanjá" - Armando Vallado.