sábado, 13 de junho de 2009


Estes é uns dos muitos itans da mitologia yoruba:
O firmamento com Yewá
A Orixá Iewá a noite é o firmamento é onde faz vibrar a sua beleza, brindando com ela toda a face da terra. É o céu cheio de estrelas, que serve de moldura a lua brilhante como a prata polida.
Iewá é o encanto das noites enluaradas que embriaga os homens e os torna românticos a musa dos poetas e dos apaixonados.
O Orixá Omolu é o portador da peste e, em decorrência da deformidade que lhe impôs a doença, anda sempre em curvado e com o rosto voltado para o chão. Motivo a isso jamais Ter visto o firmamento com toda beleza exposta nela.
Certa noite, depois de haver chovido copiosamente, Iansã a pedido de Iewá ordenou que o vento afastasse bem longe as nuvens, e desta forma expôs aos homens, para alegrá-los, todo o seu encanto.
Muitas poças d`água se haviam formado pelos caminhos e naquele momento houve que Omulu, que se dirigia a Tapá (seu reino) viu os encantos de Yewá refletidos numa delas, o que o deixou deslumbrado. Jamais tinha visto o firmamento e, aquela visão, embora fosse apenas o reflexo do céu em uma poça d`água o tinha deixado extasiado, ficou lá parado por várias horas, admirando-a e Iewá que ficou muito envaidecida com aquela ação, concentrou-se mais naquele pequeno charco. Quando de repente Omolu lembrou-se que precisava seguir viagem. Tinha compromisso em Tapá e não podia se atrasar e tomou como resolução apanhar um punhado de terra e cobrir a poça na tentativa de prender Yewá até sua volta, para poder ver de novo aquela visão que o enfeitiçara. E por causalidade do destino Yewá por pura vaidade havia se concentrado inteiramente naquela poça d`água ficando ali presa. Por horas gritou por socorro, foi no dia seguinte que passou por ali ouvindo seus apelos Oxóssi, o Caçador, que retirou a terra da poça libertando Yewá daquela pejorativa sepultura. Razão disso por reconhecimento Yewá carrega sempre a tiracolo um ofá dourado.

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