quarta-feira, 8 de outubro de 2008





Bará-Èsù: várias faces


Bará-Èsù uma divindade do Panteão africano de caráter primordial , o orixá do principio dinâmico da existência , sem ele não se começa nenhum ritual de religião de matriz africana.


È a divindade que faz o intermediário entre Deus, os Orixás e os seres humanos. O que faz a ligação entre os dois mundos, o nosso e o sobrenatural. Por alguns foi comparado ao diabo católico por sua astúcia de ser provocador, indecente e ter estreita relação entre a sexualidade. Uma comparação que tem um sentido totalmente absurdo, pois, essa entidade não se opõe a nada aos atributos de Deus.


O fiscalizador do asè, o senhor centro das comunicações o dono dos diversos caminhos a energia inconstante do inicio de tudo. Na magnitude de mitos das diversas religiões e povos podemos destacar que sempre há um guardião um fiscalizador com diversas ações e amplos poderes divinos. Das inúmeras nações de povos cercadas de magia e mistério os gregos e os romanos destacam a similaridade em suas divindades, tanto que o sincretismo entre suas divindades foi absorvida com tamanha naturalidade.


Salienta-se em seus mitos um emissário com nome de Hermes (Mercúrio- para os romanos) o mensageiro dos deuses, tinha sandálias com asas, um chapéu alado, conduzia as almas do mortos ao outro plano. Era tido como o senhor dos comércio o protetor dos comerciantes e atribuía-se a ele a responsabilidade da fortuna e as riquezas. Mesmo com características virtuosas essa divindade era um inimigo perigoso, astuto e ladrão. No dia de seu nascimento ele roubou o gado de seu irmão, obscurecendo sua trilha e fazendo o rebanho caminhar devagar.


No sincretismo aos que os negros foram impostos a criar para as suas divindades entrou no mérito Santo Antônio, pois sua antiga imagem mostrava ele com um "fallus" bem pronunciado, mais tarde substituído pela uma criança em seu colo. O pênis é um dos símbolo do Bará. São Pedro foi identificado a Bará, por ser o guardião da porta do paraíso.


Na mitologia nórdica temos o guardião Heimdal a divindade brilhante o porteiro da ponte do arco-íris que conduz a Asgard (lar dos deuses nórdicos) que fica na fronteira do céu. Dorme menos que um passáro e em sua função sua percepção a tudo é algo imprescindível, pois a tudo ele vê e ouve, sua audição é tão sensível que ele podia ouvir a grama brotando e a lã crescendo no dorso de uma ovelha.


Nos mitos, itans, histórias ou como melhor venha a expressar uma nação, sobre as façanhas de seus deuses, orixás, santos, o relato em si se torna ontológico sobrevivendo ao tempo, basta nós refletirmos e pensar que um dia talvez tudo isso não foi algo único.


Eduardo de Òsàlá

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